segunda-feira, 14 de julho de 2008


Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll



Alice no país das maravilhas é uma obra cujo fundamento é o realismo mágico. Nela, o fantástico, o abstrato, se fundem com o mundo real concreto. Alice resolve dar um passeio pelo quintal, e encontra um coelho falante andando por lá. O Coelho tem pressa, muita pressa... e entra em um buraco - Alice entra no buraco, também... e vai parar no País das Maravilhas. Lá, ela se depara com um mundo sem sentido cheio de situações intrigantes e criaturas que adoram falar em forma de enigmas. Ela quer sair de lá, mas nenhum ser das Maravilhas parece querer ajudar muito, já que ninguém parece falar coisa com coisa. Desses encontros originam-se diálogos e situações que caracterizam-se pelo inusitado.
Talvez seja este o fascínio que essa narrativa exerce...

Leia um trecho:


"Tome um pouco de vinho", disse a Lebre de Março num tom animador. Alice correu os olhos pela mesa toda, mas ali não havia nada além de chá. "Não vejo nenhum vinho", observou. "Não há nenhum", confirmou a Lebre de Março. "Então não foi muito polido da sua parte oferecer", irritou-se Alice. "Não foi muito polido da sua parte sentar-se sem ser convidada", retrucou a Lebre de Março. "Não sabia que a mesa era sua", declarou Alice; "Está posta para muito mais do que três pessoas." "Seu cabelo está precisando de um corte", disse o Chapeleiro. Fazia algum tempo que olhava para Alice com muita curiosidade, e essas foram suas primeiras palavras. “Se você conhecesse o tempo como eu conheço, disse o chapeleiro, não falaria em desperdiçá-lo, como se fosse uma coisa.”



Charles Lutwidge Dodgson, nome de batismo de Lewis Carroll, foi o autor dos dois livros que falam da menininha Alice: "Alice no País das Maravilhas" e Alice Através do Espelho. Nascido em 1832, Carroll se tornou um reverendo e professor de matemática em Oxford. Tinha um interesse especial por nonsense, jogos de lógica, fotografia e crianças. Faleceu em 1898

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