segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Exercitar-se faz bem!

EXERCÍCIOS

01. Circule os substantivos a que os pronomes pessoais destacados se referem.

“Passageiros e motoristas atiram moedas. Mas o improvisado guarda, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las, sem risco para o trânsito.”

“Um guarda uniformizado prende Chuí e o leva chorando para o distrito.”

“A mãe do garoto o ameaçava com uma surra.”


02. As frases a seguir apresentam problemas relacionados ao emprego dos pronomes pessoais. Reescreva-as de acordo com a variedade padrão.

a) A última vez que vi ela foi no aeroporto.


b) Nós vamos se formar já no próximo ano.


c) É só isso pra mim estudar?


3. Leia a frase a seguir:

“Augusto perambulava pela rua. Quando encontrava um conhecido, mudava de calçada para que não o reconhecessem. Não sei o que lhe dava na cabeça.”

Circule os dois pronomes pessoais, presentes no trecho acima, que se referem a Augusto.


4. Complete o trecho a seguir com pronomes pessoais retos e/ou oblíquos.

“Com medo de que os canhotos pudessem ______ organizar para atacá- _______, os destros resolveram tomar a iniciativa e destruí- _______ primeiro. Então _______ reuniram e decidiram que no dia seguinte, ao raiar do sol, ________ invadiriam o acampamento dos canhotos e _______ destruiriam.”

5. Circule a palavra que o pronome pessoal oblíquo em destaque está substituindo.

a) Dei alguns passos em direção ao capitão e o abracei demoradamente.

b) O capitão nos agradeceu chorando. Aproveitamos e o convidamos para um chá.

6. Leia o texto a seguir:

Eu gritei porque alguma coisa se moveu atrás de mim e uma mão peluda apertou o meu ombro. Vovô também se assustou, mas conseguiu prender o grito na garganta. No instante em que a horrenda mão se fechava, um guincho selvagem me sacudiu por inteiro.

Há, no texto que você acabou de ler, seis pronomes pessoais. Circule-os.

7. Leia o texto a seguir, encontre as palavras paroxítonas terminadas em ditongo e acentue-as adequadamente:

Com muita festa, a China destravou o relogio oficial e começou, nesta quarta-feira, a contagem regressiva de um ano para o inicio das Olimpíadas de Pequim. A Praça da Paz Celestial, cenario do massacre de estudantes de 1989, foi escolhida como palco da cerimonia

http://globoesporte.globo.com/ESP/Notícia, 08 de agosto de 2007


8. Reescreva a segunda frase de cada item, substituindo as expressões em destaque por pronomes oblíquos adequados à norma-padrão.

a) O pássaro é seu. Por isso, você é quem deve soltar o pássaro.

b) As plantas da varanda estão murchas. Preciso regar as plantas.

c) Já estou cansado de esperar que vocês libertem esse pássaro. Soltem o pássaro agora!


9. No dia a dia, principalmente na fala, de vez em quando as pessoas utilizam os pronomes de forma inadequada em relação à norma-padrão. Leia os casos a seguir e reescreva-os utilizando os pronomes de acordo com a norma.

a) Naquele momento eu saí de si.

b) Eu se dei mal naquela prova.

c) Ei, vamos se pesar!


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Atenção: Há um bom exercício sobre pronomes pessoais já publicado. Para acessá-lo, vá ao índice do blog e procure o "cômodo" Pronomes pessoais. Bom desempenho!

Aguarde exercícios sobre acentuação das paroxítonas.


Aqui vão alguns trechos do livro Dragões Negros. Todos eles contêm palavras paroxítonas acentuadas. Os acentos dessas palavras, no entanto, foram retirados. A você cabe encontrar cada uma dessas palavras e acentuá-las adequadamente. Sucesso! (Dica: Há 38 palavras - contando as repetidas).


Um dia Tomio apareceu com um pequeno album de fotografias e me disse:

— Hoje eu trouxe essas novidades e tenho uma super-historia para te contar.

— Nos Estados Unidos era dificil para Akira e Midori encontrarem amigos. Frequentavam a escola, mas lá só ouviam piadas. Eram a única familia de imigrantes japoneses numa cidadezinha do interior.

Para piorar ainda mais, na escola tinha um menino terrivel chamado Bobby Brown. Ele vinha de uma familia que odiava estrangeiros e vivia contando vantagens.

Akira ficava com vontade de arrebentar com o tal do Bobby. Era facil. Bastava um golpinho de nada. Mas seu pai jamais o perdoaria: ele havia estado na guerra. Era um sobrevivente, por isso odiava a violencia.

— Meu filho, você é um ninja. O verdadeiro guerreiro não precisa desse tipo de luta. Ninjitsu é a lei do silencio

— Ninjitsu é a arte de ser invisivel.

Quando começaram os treinos, Akira mal alcançava a marca classificatoria. O professor nem imaginava que isso fazia parte do plano. o menino ninfa estava só iludindo o adversario.

o pareo seria dificil. Bobby teria um adversario à altura.

No dia da competição de salto com vara, a familia de Akira foi assistir à apresentação no ginasio esportivo.

De todas as conversas de adulto que ouvi lá em casa, houve uma que foi especialmente interessante. Maria-san preparara um belo jantar com varios pratos japoneses. Todos os convidados haviam ficado encantados com o seu talento para a culinaria, o bom gosto na decoração dos pratos e da mesa.

Foi assim: a menina se chamava Dulce e era filha do prefeito de Marilia, vinha de uma familia muito antiga, de proprietarios de terras, bem conservadora. Era filha única. Criada feito princesa. Tinha professora particular de francês, professora de piano, aula de pintura e trabalhos manuais, aulas de culinaria francesa, não dava para acreditar.

Tenho a impressão de que essa historia teria terminado em tragedia não fosse pela tia-avó da garota, dona Marina.

De vez em quando essa historia ainda volta à minha memoria, misturada com as lembranças de Maria-san, e sempre me dá mais alegria e certeza na vida.

Não é possivel ser assim. Seu Luiz vai perder a paciencia. Você vai ficar presa, de castigo. Precisa aprender a ser mais inteligente.

Lembro-me nitidamente de Maria-san sentada ao sol da manhã, contemplando um cacto — ela gostava de fazer vasos contendo cactos e orquideas —, e os cães espalhados, refestelados, adormecidos ao seu redor.

Aqueles anos da moda hippie eram curiosos. Havia uma especie de ditadura da aparencia.

E, quanto mais eu crescia, mais eu percebia que o mundo ia além das aparencias.

Na semana seguinte, uma funcionaria do consulado japonês telefonou lá para casa pedindo para marcar uma visita. A familia reuniu-se para recebê-la, e ela nos disse:

No inicio foi dificil para os japoneses, porque tudo era dferente: a lingua, a escrita, a comida, os hábitos, os trajes


Foram postadas as regras básicas de acentuação. Para nossa avaliação, estude apenas a das paroxítonas

ACENTUAÇÃO GRÁFICA


REGRAS BÁSICAS

Devem ser acentuados os MONOSSÍLABOS (palavras de uma só sílaba) TÔNICOS terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de s: pá, pé, nó, pás, pés, nós, etc.

Observação: Os monossílabos tônicos, terminados em "z", assim como todas as outras palavras da língua portuguesa terminadas com essa mesma letra, não são acentuados: luz, giz, dez... (compare os seguintes parônimos: nós/noz, pás/paz, vês/vez).

Também os monossílabos tônicos, terminados em "i" e "u", não recebem acento gráfico: pai, vai, boi, mau, pau, etc.


OXÍTONAS

Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e também com as terminações "em" e "ens".

Exemplos: cajá, café, jiló, bebê, robô, armazém, alguém, reféns, etc.

Observações:

1. As formas verbais terminadas em "a", "e" e "o", seguidas dos pronomes la(s) ou lo(s) devem ser acentuadas. Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia, etc.

2. Não se acentuam as oxítonas terminadas em:

_ az, ez, iz, oz, uz - capaz, tenaz, talvez, altivez, juiz, raiz, feroz, capuz, avestruz...;

_ i(s) - Anhembi, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-las...;

_ u(s) - caju, pitu, zebu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Bangu, compus...;

_ or - ator, diretor, detetor, condor, impor, compor, compositor...;

_ im - ruim, capim, assim, aipim, folhetim, boletim, espadachim...;


PAROXÍTONAS

Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e também as finalizadas com "em" e "ens".

Exemplos: cama, seda, flecha, rede, sede, pote, ovo, coco, bolo, garagem, ferrugem, idem, item, nuvens, imagens, viagens, etc.


São acentuadas as paroxítonas terminadas em:

_ r / x / n / l (Dica: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL)

Exemplos: mártir, fêmur, fácil, útil, elétron, tórax, córtex, etc.

Observação: Entretanto, palavras como "pólen", "hífen", quando no plural (polens, hifens), não recebem o acento gráfico, porque nesta forma elas são regidas pela regra anterior.


_ i / is

Exemplos: júri, cáqui (cor), lápis, miosótis, íris, tênis, cútis, etc.

Observação: Os prefixos paroxítonos, mesmo terminados em "i" ou "r", não são acentuados. Exemplos: semi, anti, hiper, super, etc.


_ ã / ão (seguidas ou não de S)

Observação: O til não é considerado acento gráfico, e sim uma marca de nasalidade.

Exemplos: ímã (ímãs), órfã (órfãs), órfão (órfãos), bênção (bênçãos) etc.


_ ps

Exemplos: bíceps, fórceps, etc.


_ us / um / uns

Exemplos: vírus, bônus, álbum, álbuns, etc.


_ ditongos orais, crescentes ou decrescentes, seguidos ou não de s.

Exemplos: água, mágoa, ódio, jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis, área, série, sábio, etc.


PROPAROXÍTONAS

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.

Exemplos: lâmpada, côncavo, lêvedo, pássaro, relâmpago, máscara, árabe, gótico, límpido, louvaríamos, devêssemos, pêndulo, fôlego, recôndito, cândido, etc.



domingo, 15 de agosto de 2010

Pra que saudade?

Serginho Groisman

Existem jovens que sentem nostalgia por não ter sido jovens em gerações passadas. Saudade do enfrentamento com os militares dos anos 70, da organização estudantil nas ruas,do sonho socialistacomunista-anarquista-marxista-leninista. Ter saudade da ditadura é ter saudade de conhecer a tortura, o medo, a falta de liberdade e a morte. Ser jovem naquela época era coexistir com a morte, ver os amigos ser tirados das salas de aula para o pau-de-arara, para o choque elétrico, para as humilhações. Da mesma forma, quem sente nostalgia dos anos 80 se esquece do dogmatismo limitante das tribos daqueles tempos, fossem punks, góticos ou metaleiros.

Hoje, é a vez dos mauricinhos-patricinhas-cybermanos-junkies, das raves, do crack, da segurança dos shoppings e do Beira- Mar. Um cenário que pode parecer aborrecido ou irritante para muita gente que tem uma visão romântica de outras décadas. Mas nada melhor que a liberdade que temos hoje para saber qual é a real de uma juventude e de uma sociedade. Hoje, a juventude é mais tolerante com as diferenças. Hoje, existem ferramentas melhores para a pesquisa e a diversão. Hoje, a participação em ONGs é grande e isso mostra um país que trabalha, apesar do Estado burocrático.

O país está melhor. Falta muito, mas o olhar está mais atento e até o sexo está mais seguro. Não temos hinos mobilizadores, mas nem precisamos deles. O jovem de hoje não precisa mais lutar pelo fim da tortura ou por eleições diretas, pois outras gerações já fizeram isso. Se o país necessitar, é verdade, lá estarão eles de cara limpa, pintada, o que for. Mas é bobagem achar, como pensam os nostálgicos, que tudo já foi feito. Há muito por realizar pelo país. Seria bom, por exemplo, se a juventude participasse de forma mais efetiva na luta pela educação e pela leitura. Sim, porque lemos pouco, muito pouco.Ler mais vai fazer a diferença. Transformar a chatice da obrigação de ler Machado de Assis no prazer absoluto de ler Machado de Assis.

Vivemos num país que mistura desdentados com marombados, famintos com bad boys, motins em prisões com raves na Amazônia, malabares nos cruzamentos com gatinhas tatuadas, crianças com 15 anos na Febem e outras com 15 na Disney. É Macunaíma dando passagem aos tropicalistas, numa maçaroca que é o samba enredo chamado Brasil.

É um país com muitas diferenças – e acabar com elas é papel dos jovens. A juventude deve, acima de tudo, saber desconfiar das verdades absolutas. Desconfiar sempre é ser curioso, pesquisador, renovador, transgressor. Seja intransigente na transgressão. Sempre diga não ao não – e desafine o coro dos contentes

Adaptado de Veja Edição Especial Jovens/Junho de 2004


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Soneto de fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim,quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure


(Vinicius de Moraes)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É o que me interessa

Lenine

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem.

A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa.
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.


Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto
e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou.


Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa

Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão

A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição

A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa

O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.