sábado, 29 de novembro de 2008

A história dos números arábicos

Os números como os conhecemos hoje são Algarismos Arábicos, e foram trazidos da Índia para o Ocidente e por isto também são chamados indo-arábicos. Foram criados por Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi (778 (?) - 846). Al-Khwarizmi nasceu na região central da Ásia, onde hoje está localizado o Uzbequistão. Posteriormente emigrou para Bagdá, onde trabalhou na “Casa da Sabedoria” como matemático durante a era áurea da ciência islâmica. Foram introduzidos na Europa por Fibonacci, matemático e mercador italiano, que escreveu no seu livro Liber abaci os conhecimentos que adquiriu no Oriente. Logo se popularizou pela facilidade de se calcular valores, em comparação com os Algarismos Romanos, que em cálculos maiores, desprendiam uma verdadeira ginástica mental para se elaborar o cálculo. Os algarismos indo-arábicos não foram adotados em Portugal nem na península ibérica de imediato, mas com o tempo e as facilidades apresentadas, foram adotados em toda a Europa. Hoje é usada uma versão pouco modificada destes algarismos na maioria dos países do mundo. Teoricamente pode-se supor que cada algarismo continha originalmente exatamente a quantidade de ângulos cujo número se desejava representar. Assim o algarismo "1" era representado por dois traços que se uniam num vórtice superior (como um "V" invertido), o "2" como um "Z", o "3" como um sigma (Σ) invertido, o "4" quase exatamente como é hoje. Em outras palavras, os números arábicos um, dois, três e quatro foram baseados em traços que formam ângulos, assim: a) O número um tem um ângulo, b) O número dois tem dois ângulos aditivos, c) O número três tem três ângulos aditivos, d) O número quatro tem quatro ângulos aditivos. Teoricamente, devido à escrita cursiva, o número quatro teria sido modificado e fechado, facilitando a sua caligrafia e futura tipografia, tornando-o diferente, por exemplo, do símbolo da cruz. Já o número zero, era representado por um circulo, indicando a ausência de ângulos. O quadro abaixo ilustra a idéia de ângulos e o fechamento da cruz, originando o número 4, como o conhecemos hoje.


O quadro a seguir ilustra todos os números conhecidos e seus respectivos ângulos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


TRISTELÂNDIA

Tristelândia era uma cidade triste.
E por ser triste era também feia.
Todas as suas ruas, todos os prédios, todas as pessoas de Tristelândia tinham nomes tristes e ali se nascia, vivia e mor­ria chorando.
Ela ficava no alto do Morro da Saudade e não tinha árvo­res, não tinha flores, não tinha passarinhos. Mas tinha muita poeira, muita pedra e cactos cheios de espinhos.
As ruas de Tristelândia não eram calçadas. As casas viviam com as janelas fechadas. As portas não se abriam para as vi­sitas e os corações dos habitantes de Tristelândia também vi­viam fechados. Principalmente não se abriam para as crian­ças alegres da vida.
As crianças de Tristelândia não brincavam e não sorriam.
Era expressamente proibido sorrir em Tristelândia.
A Rua da Desilusão era a rua principal da cidade.
Na Rua da Desilusão ficavam os prédios mais importantes: a Prefeitura, a Escola Pública, a Câmara dos Vereadores, o cinema e a Delegacia.
Pela rua principal passavam os carros de boi, as carroças, o prefeito, a professora, os vereadores e o delegado.
Pela rua principal não passavam velocípedes, bicicletas, car­rinhos de rolimã.
De uma tristeza só, a rua principal começava aqui, acabava ali. De principal só tinha o apelido, pois era pequena, feia e mal-acabada.
Era ali, naquela rua, que o prefeito passava o dia inteiro, vigiando as pessoas para não deixá-las sorrir.
O prefeito chamava-se Zeca Amargura.
Sua maior amiga, a professora da Escola Pública, chamava-­se Maria das Lágrimas. “Maria das muitas lágrimas”, como gostava de chamá-la a gente grande da cidade.
De tanto chorar, de tanto lamentar sua sorte e seu destino, os olhos já saltavam para fora do rosto e pareciam boiar so­bre as lágrimas que, dia sim, dia não também, todo dia ela derramava.
Era a professora certa para Tristelândia. Sabia de tudo sobre tempestade, enchentes, vendavais, terremotos, furacões, guerras, doenças e fome. Uma catástrofe ambulante.
Lucinha das Dores era sua aluna mais adiantada. Não que fosse inteligente, aplicada. Mas porque nas provas sempre cho­rava melhor que as colegas.
Tristelândia de tão triste ficava afastada das outras cidades. Ninguém ia lá, ninguém saía de lá.


ARAÚJO, Henry Corrêa de. Dr. Gargalhada, o distribuidor de sorrisos. Rio de Janeiro, Codecri, 1983. P. 3-6

Estudo do texto:

1. Marque a frase que indica o objetivo principal do autor no texto:

( ) Descrever os prédios e as casas de Tristelândia.
( ) Descrever os habitantes de Tristelândia.
( ) Descrever uma cidade onde tudo e todos eram tristes.

2. No segundo parágrafo do texto o autor diz:

E por ser triste era também feia.”

Marque a frase que mostra o significado desse parágrafo:

( ) A cidade era triste e feia.

( ) A cidade era tão feia quanto triste.
( ) A cidade era feia porque era triste.

3. Pela rua principal da cidade passavam carros de boi, carroças, pessoas; não passavam velocípedes, bicicletas, carrinhos de rolimã. Pelo texto, podemos saber o porquê dessa situação. Marque a frase que indica a causa disso.

( ) Era proibido andar de bicicleta, velocípede ou carrinho de rolimã na rua principal.
( ) As crianças de Tristelândia não brincavam.

4. Releia o último parágrafo do texto: “Tristelândia de tão triste ficava afastada das outras cidades. Ninguém ia lá, ninguém saía de lá.”
Que frase explica melhor esse parágrafo?

( ) Tristelândia ficava afastada das outras cidades porque era triste.
( ) Tristelândia era triste porque ficava afastada das outras cidades.

5. Releia no texto a razão por que Lucinha das Dores era aluna mais adiantada. Agora, pense no (ou na) colega mais atrasado (ou atrasada) de Lucinha: Qual seria a razão disso?


Gramática:

1. Leia a frase a seguir e faça o que se pede.

“Pela rua principal não passavam velocípedes.”

a) Indique o tempo em que se encontra o verbo.

b) Reescreva a frase colocando o verbo no presente.


2. Leia esse pequeno texto:

Você pode ter a sensação de viajar no tempo mesmo sem uma nave super veloz. Confira estas dicas:

☼ Faça um passeio de maria-fumaça.
☼ Veja fotografias e filmes antigos.
☼ Visite museus.
☼ Viaje para cidades históricas.
☼ Leia livros de história.
☼ Visite exposições de ciências e tecnologia.
☼ Assista a filmes e leia livros de ficção científica.

a) Em que modo estão as formas verbais destacadas nas dicas acima?

b) Considerando o assunto deste pequeno texto, responda: Por que foi usado esse modo verbal?


3. Leia o texto a seguir e identifique:

a) Uma locução verbal.

b) Três verbos no infinitivo. (Um para cada conjugação!)


Nada de briga


A faca foi o primeiro talher que existiu. Criada pelo homem pré-histórico, podia ser feita de pedra, marfim ou osso e era usada para esculpir, caçar, lutar e cortar alimentos. Perto de 300 a.C. aparecem as primeiras facas de bronze.
Por muito tempo os homens usavam a mesma faca para comer e brigar e cada um levava a sua quando havia algum jantar. Foi para acabar com os duelos no meio das refeições que um rei francês decidiu que as facas de mesa deveriam ter pontas redondas. (Recreio, n° 84)

Sucesso!

domingo, 23 de novembro de 2008




TRISTELÂNDIA

Tristelândia era uma cidade triste.
E por ser triste era também feia.
Todas as suas ruas, todos os prédios, todas as pessoas de Tristelândia tinham nomes tristes e ali se nascia, vivia e mor­ria chorando.
Ela ficava no alto do Morro da Saudade e não tinha árvo­res, não tinha flores, não tinha passarinhos. Mas tinha muita poeira, muita pedra e cactos cheios de espinhos.
As ruas de Tristelândia não eram calçadas. As casas viviam com as janelas fechadas. As portas não se abriam para as vi­sitas e os corações dos habitantes de Tristelândia também vi­viam fechados. Principalmente não se abriam para as crian­ças alegres da vida.
As crianças de Tristelândia não brincavam e não sorriam.
Era expressamente proibido sorrir em Tristelândia.
A Rua da Desilusão era a rua principal da cidade.
Na Rua da Desilusão ficavam os prédios mais importantes: a Prefeitura, a Escola Pública, a Câmara dos Vereadores, o cinema e a Delegacia.
Pela rua principal passavam os carros de boi, as carroças, o prefeito, a professora, os vereadores e o delegado.
Pela rua principal não passavam velocípedes, bicicletas, car­rinhos de rolimã.
De uma tristeza só, a rua principal começava aqui, acabava ali. De principal só tinha o apelido, pois era pequena, feia e mal-acabada.
Era ali, naquela rua, que o prefeito passava o dia inteiro, vigiando as pessoas para não deixá-las sorrir.
O prefeito chamava-se Zeca Amargura.
Sua maior amiga, a professora da Escola Pública, chamava-­se Maria das Lágrimas. “Maria das muitas lágrimas”, como gostava de chamá-la a gente grande da cidade.
De tanto chorar, de tanto lamentar sua sorte e seu destino, os olhos já saltavam para fora do rosto e pareciam boiar so­bre as lágrimas que, dia sim, dia não também, todo dia ela derramava.
Era a professora certa para Tristelândia. Sabia de tudo sobre tempestade, enchentes, vendavais, terremotos, furacões, guerras, doenças e fome. Uma catástrofe ambulante.
Lucinha das Dores era sua aluna mais adiantada. Não que fosse inteligente, aplicada. Mas porque nas provas sempre cho­rava melhor que as colegas.
Tristelândia de tão triste ficava afastada das outras cidades. Ninguém ia lá, ninguém saía de lá.

ARAÚJO, Henry Corrêa de. Dr. Gargalhada, o distribuidor de sorrisos. Rio de Janeiro, Codecri, 1983. P. 3-6

Estudo do texto:

1. Marque a frase que indica o objetivo principal do autor no texto:

( ) Descrever os prédios e as casas de Tristelândia.
( ) Descrever os habitantes de Tristelândia.
( ) Descrever uma cidade onde tudo e todos eram tristes.

2. No segundo parágrafo do texto o autor diz: “E por ser triste era também feia.”
Marque a frase que mostra o significado desse parágrafo
:


( ) A cidade era triste e feia. ( ) A cidade era tão feia quanto triste.
( ) A cidade era feia porque era triste.

3. Pela rua principal da cidade passavam carros de boi, carroças, pessoas; não passavam velocípedes, bicicletas, carrinhos de rolimã. Pelo texto, podemos saber o porquê dessa situação; marque a frase que indica a causa disso.

( ) Era proibido andar de bicicleta, velocípede ou carrinho de rolimã na rua principal.
( ) As crianças de Tristelândia não brincavam.

4. Releia o último parágrafo do texto: “Tristelândia de tão triste ficava afastada das outras cidades. Ninguém ia lá, ninguém saía de lá.”
Que frase explica melhor esse parágrafo?
( ) Tristelândia ficava afastada das outras cidades porque era triste.
( ) Tristelândia era triste porque ficava afastada das outras cidades.

5. Releia no texto a razão por que Lucinha das Dores era aluna mais adiantada. Agora, pense no (ou na) colega mais atrasado (ou atrasada) de Lucinha: Qual seria a razão disso?


Gramática:

1. Leia o texto que segue e identifique:
a) Uma locução verbal.

b) Três verbos no infinitivo. (Um para cada conjugação!)


Nada de briga

A faca foi o primeiro talher que existiu. Criada pelo homem pré-histórico, podia ser feita de pedra, marfim ou osso e era usada para esculpir, caçar, lutar e cortar alimentos. Perto de 300 a.C. aparecem as primeiras facas de bronze.
Por muito tempo os homens usavam a mesma faca para comer e brigar, e cada um levava a sua quando havia algum jantar. Foi para acabar com os duelos no meio das refeições que um rei francês decidiu que as facas de mesa deveriam ter pontas redondas.
(Recreio, n° 84)



2. Leia atentamente o texto a seguir:

Trem flutuante

O Trem Bala vai ser ultrapassado. Está chegando o trem mais rápido do mundo: o Transrápido 07 [...]. Os viajantes embarcarão a 500 quilômetros por hora sem qualquer atrito ou trepidação. Isso porque o trem não possui rodas nem trafega sobre trilhos. Estranho? Que nada. Um poderoso sistema de eletroímãs o levanta a um centímetro de altura para que flutue sobre os pilares de cimento. Já pensou você numa máquina dessa?

(Revista Zá, nº 44.)

a) As formas verbais destacadas expressam certeza, possibilidade ou ordem?

b) Portanto, a que modo elas pertencem?

c) Qual é o tempo de cada uma dessas formas verbais?



Sucesso!