quinta-feira, 24 de julho de 2008

O texto que você vai ler agora fala de um menino que comanda um tráfego muito confuso. Preste bastante atenção!


Chuí comanda o tráfego

Num domingo, à hora cinzenta em que terminam as festas e todos voltam meio decepcionados para casa, rugiam de impaciência os automóveis ante o sinal vermelho. Alguns farolavam de longe, pedindo passagem. Mas o vermelho não cedia ao verde. E com a força do seu símbolo, paralisava o tráfego.
Os terríveis moleques da praça perceberam a confusão. Chuí, o principal deles, resolve intervir e vai para o meio do asfalto. Começa a acenar aos motoristas.
Que passassem! Livre estava o trânsito para a direita.
- Podem vir! Não estou brincando! É verdade...
Hesitaram alguns a princípio. Depois romperam e outros os seguiram.
Chuí, imponente, estende os braços para a rua principal. Os motoristas enfim acreditam nele. E a imensa massa de veículos desfila ao comando único do pequeno maltrapilho.
Em enérgico movimento, Chuí ordena aos carros que parem. Gira o corpo, estica o braço e manda que sigam pela esquerda os da rua principal. No que é obedecido.
Passageiros e motoristas atiram moedas. Mas o improvisado guarda, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las, sem risco para o trânsito.
A noite descera depressa e as lâmpadas não se acendiam.
Mais rubro na escuridão, o sinal vermelho. Tendo perdido a função de proibir, só confiavam os motoristas no braço infalível de Chuí.
Quando, gritando de longe, a mãe do garoto o ameaçava com uma surra, aparece, uniformizado, um guarda de verdade. Prende Chuí e o leva chorando para o distrito.
- Nós apanhamos as moedas para você, gritam-lhe os companheiros.
Não eram as moedas que ele queria, oh! Não era isso! O que Chuí queria era voltar ao tráfego, continuar submetendo aqueles carros enormes, poderosos, ao seu comando único, ao aceno de seu bracinho.

Aníbal Machado
. Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1983.

Estudo do texto:

1. Vamos observar alguns elementos que compõem essa história.

a) Qual o personagem principal?
b) O narrador é um dos personagens ou apenas um observador?

c) Onde acontece a história?
d) Em que dia e, aproximadamente, a que horas ocorrem os fatos relatados no texto?

2. Dos adjetivos abaixo, circule aqueles que não correspondem às características de Chuí.
tímido - medroso - pobre - decidido - corajoso

3. Havia seriedade nas ações de Chuí ou ele apenas estava brincando? Comprove sua resposta com um trecho do texto.

4. Na história, fica claro que a mãe de Chuí não gostou do que o filho fez. Que outra personagem também não aprovou as ações do menino? Copie um trecho do texto que justifique sua resposta.


Aspectos lingüísticos:

1. Identifique no 1º parágrafo do texto e escreva abaixo cinco substantivos.

2. Assinale a única seqüência em que o plural de todos os substantivos está de acordo com a norma padrão?
a) asas, dólares, álcoois, fóssis, nuvens, gases, degrais
b) táxis, lares, papéis, funis, sons, meses, chapéis
c) robôs, colheres, túneis, fuzis, reféns, deuses, cidadãos
d) baús, raízes, sóis, réptis, álbuns, fregueses, mamões
e) parênteses, nozes, anzóis, fusíveis, itens, adeuses, alemões

3. As regras de acentuação das paroxítonas são bem extensas... Porém, como já observamos em nossas aulas, as paroxítonas acentuadas - em sua maioria - terminam em ditongo.
Sabendo disso, encontre no texto e escreva abaixo cinco paroxítonas terminadas em ditongo.

4. Observe o trecho abaixo:
Chuí, imponente, estende os braços para a rua principal. Os motoristas enfim acreditam nele. E a imensa massa de veículos desfila ao comando único do pequeno maltrapilho.
Por que as duas palavras em destaque são acentuadas?

5. Quantas letras e fonemas, respectivamente, contêm a palavra “terríveis”?
a) 09 letras e 10 fonemas
b) 09 letras e 09 fonemas
c) 09 letras e 08 fonemas
d) 08 letras e 08 fonemas
e) 07 letras e 08 fonemas

6. Circule as palavras em que, no plural, o O tônico passa de fechado a aberto, como ocorre em
osso e ossos:
aeroporto – pescoço – forno – bolso – cachorro – globo



Produção de texto:

Na primeira parte deste bimestre, estudamos a paródia de contos de fadas. Lemos, ouvimos e produzimos diversas paródias em classe. Chegou o momento de resgatar o que aprendemos. Ponha sua imaginação para funcionar e crie uma versão diferente, divertida e bem atual para o conto Chapeuzinho Vermelho, uma história antiga que permanece tão presente entre nós.
Com o objetivo de auxiliá-lo, aqui vão alguma sugestões de roteiro para sua história:

A menina pode ser uma roqueira, uma patricinha, uma estudante, uma modelo, uma atleta, etc.
O lobo pode ser um cantor de rock, um metaleiro, um moto-boy, um atleta, um seqüestrador, um bandido, etc.
A vovó pode ser uma artista plástica, uma professora, uma artesã, uma dona de loja, uma empresária, etc.

Como a história acontece nos dias atuais, Chapeuzinho pode ir à casa da avó a pé, de carro, de moto, de ligeirinho, de patinete, de skate, de patins, etc. Pode passar pelo shopping, por uma pizzaria, etc.
Procure, ao narrar a história, fazer algumas descrições de personagens e de ambientes.


Critérios de avaliação da paródia

→ Texto criativo (atualização bem sucedida)
→ Coerência (presença de unidade de sentido, organização de idéias)
→ Coesão (ligação entre palavras, frases, parágrafos)
→ Linguagem (clareza, objetividade, adequação vocabular, desempenho gramatical)
→ Observância à quantidade de linhas.

Atenção!! Não ultrapasse o número de 25 linhas. Planeje-se!

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