Produção de texto
1. Alguns de nossos compositores de música popular empregam propositalmente variedades não padrão em suas letras. É o caso de Humberto Teixeira, que – junto com Luís Gonzaga – compôs o clássico regional Que nem jiló:
Que nem jiló
Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer
E amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar
a) Identifique nas três primeiras estrofes da música quatro palavras que são diferentes na variedade padrão.
b) Sabemos que os compositores da canção são nordestinos. Mas, se não soubéssemos, que palavras poderiam nos ajudar a chegar a essa conclusão?
c) Imagine que os compositores tivessem empregado a variedade padrão. A letra da música teria o mesmo efeito? Por quê?
d) Reescreva o texto “Que nem jiló” eliminando os traços da língua falada.
2. Vejamos a seguinte situação de comunicação:
Eles se encontraram na escola:
Ei, doido. Tu vai pro shopi amanhã, né? Tá passano um filme massa, véi!
A linguagem utilizada na frase acima tem várias marcas de informalidade. Identifique-as, em seguida reescreva a frase na linguagem padrão.
Sucesso!
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