
Com texto de Geraldine McCaughrean e apresentação de Ana Maria Machado, a Ática publica, dentro da coleção "O Tesouro dos Clássicos Juvenil", a adaptação de uma das obras centrais da literatura universal: Odisséia, de Homero.
"É muito bom que hoje em dia existam boas adaptações da Odisséia ao alcance dos leitores jovens. Eu não tive essa sorte. Só fui ler a obra de Homero quando já estava na faculdade - e em versão integral", escreve Ana Maria Machado, em sua apresentação.
E a grande escritora brasileira de livros infantis tem toda a razão. Ricamente ilustrada por Victor G. Ambrus e muito bem traduzida por Marcos Bagno, esta primorosa edição da Odisséia traz ainda em sua parte final preciosas informações sobre a Grécia Antiga na seção "Por trás da história".
Na famosa trama, está a figura de Odisseu - ou Ulisses -, rei de Ítaca, que, terminada a também famosa Guerra de Tróia, tenta retornar para casa juntamente com seus vitoriosos homens, dez anos após o início dos embates.
A exemplo de todos os familiares dos que seguiram para guerrear em Tróia, a rainha Penélope, mulher de Odisseu, é obrigada a se resignar e esperar, ao lado do filho Telêmaco, pela volta do rei de Ítaca. Uma espera que se prolongará por muitos anos.
Falar em Odisséia implica discorrer sobre superação de desafios. E não são poucos os que Odisseu e seus homens têm de se desvencilhar. Apenas para citar dois exemplos: os vitoriosos em Tróia tornam-se soldadinhos de chumbo diante do ciclope Polifemo, que, em contrapartida, jamais voltará a ver a luz do sol. Depois, surge a ira do poderoso Posêidon, rei dos mares que, obstinadamente, jura vingança a Odisseu pelo que este fez a Polifemo.
A missão de Odisseu, contudo, é voltar para Ítaca e para os braços de sua rainha Penélope. Ainda que todos os obstáculos pareçam intransponíveis, Odisseu não pensa em outra hipótese a não ser cumprir o seu destino. Mesmo que longos 18 anos se passem.
Odisséia Homero
Adaptação de Geraldine McCaughrean
136 páginas
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