sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aviso

Chega uma hora na vida
em que tudo o que mais quero
é poder ficar sozinho.

Sozinho para pensar.
Sozinho para entender.
Sozinho para sonhar.
Sozinho para tentar
me encontrar ou me perder.

Índia não tem filho no mato?
Elefante não morre sozinho?

Por que será
que eu não posso
ficar quieto no meu canto?

Vou pendurar um cartaz
bem em cima da minha cama:

SILÊNCIO! JOVEM CRESCENDO
!


Carlos Queiroz. Sementes de sol. São Paulo: Moderna, 1992.

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