sexta-feira, 25 de julho de 2008



Um, dois, FEIJÃO COM ARROZ


Juntos, eles formam uma proteína que faz toda a diferença para a sua saúde. A dupla também ajuda a equilibrar os níveis de açúcar no sangue e ajuda na saúde bucal, segundo um novíssimo estudo
Por Regina Célia Pereira


Como em um casamento feliz, a combinação aqui é perfeita. Mais do que uma saborosa parceria, o encontro do arroz com o feijão garante um invejável arranjo de nutrientes. O que falta em um, o outro fornece e, assim, se completam. Unidos, oferecem uma excelente combinação protéica.
Os grãos de arroz contêm metionina, e os feijões, lisina. Esses nomes esquisitos são pedacinhos de proteína ou, na linguagem dos especialistas, aminoácidos. Quando estão juntos, são muito mais eficientes no conserto de tecidos do organismo inteiro. Esse tipo de ação é raro de ver entre os vegetais. Geralmente são alimentos de origem animal, como as carnes, que apresentam esse perfil protéico, diz a cientista de alimentos Priscila Zaczuk Bassinello, da Embrapa Arroz e Feijão, que fica em Santo Antônio de Goiás. A dica é botar no prato uma concha de feijão para meia escumadeira de arroz. Essa é a quantidade certa, do ponto de vista químico.
A união arroz-feijão também equilibra a quantidade de açúcar no sangue. Enquanto o arroz sozinho pode disparar as taxas de açúcar e insulina na circulação, o feijão tem o poder de parar esse efeito, o que mantém a glicose controlada. A mistura é, portanto, bem-vinda para manter a glicemia em níveis adequados e diminuir o risco do diabete. Sem falar que, por não mandar o açúcar às alturas de uma hora para outra, proporciona uma sensação de saciedade, satisfação.
Outro fruto da parceria, e que talvez seja o mais surpreendente, foi descoberto na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior de São Paulo. Lá, cientistas mediram a retenção de flúor no arroz e no feijão preparados em casa e observaram que eles seguram excelentes teores do mineral após o cozimento. Segundo o dentista Jaime Cury, líder da pesquisa, um bom prato de arroz e feijão aumenta a concentração da substância na saliva, o que diminui o enfraquecimento dos dentes e protege contra as cáries.
A dupla ainda é preferência nacional, mas houve queda no consumo. Muitos alegam a falta de tempo para cozinhar. Uma saída prática e que não provoca a perda de nutrientes é o congelamento. Outro motivo para a diminuição da presença do arroz e do feijão à mesa é o medo de engordar. O melhor, no caso, é evitar o excesso de óleo durante o preparo, diz a nutricionista e professora de gastronomia Maria Cecília Corsi, na capital paulista. Abusar de temperos como a cebolinha, o alho e a pimenta deixa tudo mais aromático e colabora para a redução de gordura e sal. Aliás, estudos mostram que, na cozinha brasileira, as pitadas de sal vão além da conta no cozimento de ambos.
Adaptado do site http://saude.abril.com.br/edicoes/0294/nutricao/conteudo_266006.shtml (Consultado em 01/05/2008).

Estudo do texto:

1. Segundo o texto, quais os três benefícios proporcionados pela dupla feijão e arroz?


2. A união do feijão com o arroz é considerada pela autora como um “casamento feliz”. Baseando-se no texto, explique o motivo de tal comparação.


3. Cite dois fatores responsáveis pela diminuição do consumo da dupla feijão-arroz.


4. Pesquisadores chegaram a fazer uma descoberta surpreendente em relação ao feijão com arroz. Fale resumidamente do que se trata.



Aspectos lingüísticos:

1. Observe as palavras quantidade / químico. Pode-se dizer que, nos dois casos, a letra “u” representa um fonema? Justifique sua resposta.


2. Indique a opção na qual as três palavras apresentam o mesmo fonema inicial.

a) gigante, grão, geléia
b) genética, ginástica, janela
c) quero, controle, cesta
d) gene, grandeza, geral
e) ciência, sossego, concha


3. Retire do texto seis exemplos de palavras paroxítonas terminadas em ditongo, destacando esse encontro vocálico em cada palavra encontrada.


4. Vimos que quando i e u formam hiato numa palavra, há a necessidade de acentuá-los. Recolha do texto e escreva abaixo três desses casos.


5. Diante da visão de um prédio com uma placa indicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem ficou com uma dúvida: como pronunciar a palavra PAPALIA?
Levando o problema à sala de aula, a discussão girou em torno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e, especialmente, do auxílio que elas podem dar à correta pronúncia das palavras.
Após discutirem pronúncia, regras de acentuação e escrita, três alunos apresentaram as seguintes conclusões a respeito da palavra PAPALIA:

I – Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada em ditongo.
II – Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA, pois “i” e “a” estariam formando hiato.
III – Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA, pois não haveria razão para o uso do acento gráfico.

A conclusão está correta apenas em:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III

Sucesso!

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