quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Cavalinho Branco


À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:

mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.

O cavalo sacode a crina
loura e comprida

e nas verdes ervas
atira sua branca vida.

Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos

a alegria de sentir livres
seus movimentos.

Trabalhou todo o dia tanto!
desde a madrugada!

Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!

MEIRELES. Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1981, p. 64.



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