Tempestade
– Menino,vem para dentro,
olha a chuva lá na serra,
olha como vem o vento!
– Ah! como a chuva é bonita
e como o vento é valente!
– Não sejas doido,menino,
esse vento te carrega,
essa chuva te derrete!
– Eu não sou feito de açúcar
para derreter na chuva.
Eu tenho força nas pernas
para lutar contra o vento!
E enquanto o vento soprava
e enquanto a chuva caía,
que nem um pinto molhado,
teimoso como ele só:
– Gosto de chuva com vento,
gosto de vento com chuva!
Henriqueta Lisboa. O menino poeta. Porto Alegre, Mercado Aberto, s.d. p.14.
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